Um artigo que vem responder a
uma pseudo-tentativa de explicar as origens da Praxe ou das praxes, onde o autor
assume posições, no mínimo, questionáveis e, acima de tudo, pretendendo que é
um messias iluminado que descobriu a pólvora.
Considerar aqueles escritos
como “estudo” ou como suportados em rigor e metodologia científicos é destratar
todos quantos fazem do estudo sério, da investigação criteriosa um forma de ser e estar, e possuem
formação e percurso académico sólidos.
É lerem as teorias
conspirativas e entrar nesse mundo confuso de contradições, de colagens ad hoc,
de ficção e deturpação de factos ou interpretação fantasiosa, para perceberem que
nem é preciso saber muito para notar a falta de credibilidade do teor do
texto. Se a isso somarmos o facilitismo no uso do palavrão……..fica
caracterizado o conteúdo e a forma destas teorias da conspiração, e a
competência de quem as formulou.
Segue-se
(para quem tiver lido o “The Manuale Scholarium – Parte 1 – Praxes Académicas”) o desmontar das teorias da conspiração.
Sobre definições de Praxe, é pena que
se fique por dicionários online, ao invés, sei lá, de procurar fazer um estudo
comparativo sobre o termo, ao longo dos anos e a sua constância nos
dicionários. Daria para assim poder perceber a evolução do termo.
Deixou de fora alguns diconários de
referência da lexicologia, mas isso obrigava a sair de casa e procurar em
várias bibliotecas. Ora é mais fácil mandar bitaites no PC do que vir até à
BNP, por exemplo, e começar a investigar desde a 1ª ocorrência do termo Praxe
nos dicionários da nossa língua (pelo menos).
Fala o autor
do artigo (se assim se pode chamar) em “(latim
ritus, -us) Cada um dos
sistemas de organização maçónica.”
Nota-se bem,
aqui, que o investigador apenas escolhe a informação que lhe convém, omitindo
tudo o resto, de maneira a que as conclusões possam bater certo com o que
pretende. Mas isso é rigor investigativo ou deturpar as coisas para só darem o
resultado que se pretende?
É que o termo “Rito” designa práticas
organizadas, as quais não nasceram na maçonaria, não lhe são exclusivas sequer.
Ritos temos
desde o início da humanidade, por isso é pena que se queira obrigar o leitor a
concluir o que o autor pretende, sem contudo fornecer ao leitor todos os dados,
com toda a isenção e rigor.
Sobre as pirâmides e símbolos
maçónicos.
Só quem nada percebe de história é que
alguma vez vai achar que sempre que se usa uma pirâmide isso tem a ver com
maçonaria.
Já existiam pirâmides antes, e depois,
que nunca tiveram nada a ver com maçonaria.
Só falta dizer que a pirâmide do
Louvre, foi desenhada e construída por um maçon!
Ou que as pirâmides que se ensinam nas
escolas são porque os maçons mandam nos
currículos escolares.
O facto de haver um ou outro logótipo
adoptado por organismos de praxe, semelhantes aos atribuídos a sociedades
secretas, apenas ocorre por cópia do facilitismo e fascínio por coisas
“misteriosas”, muitas vezes pro ignorância da própria simbologia.
Mas o autor desta teoria teima que sim,
embora lhe falte provar que os elementos em causa são de lojas maçónicas.
Como o iluminado é aluno (ex-aluno?) do
ISVOUGA, até na forma piramidal do logótipo da sua instituição ou associação de
estudantes viu presença da maçonaria.
Viu ele e mais ninguém, note-se. Faltam
provas documentais de tal, que ele não apresenta.
Conclusões destas são assim fáceis de
tirar numa mente retorcida.
E quando refere que os ritos diários
são para manter uma máquina diabólica a funcionar, não sei se ria ou se chore,
tal o ridículo da interpretação. É preciso ser muito doente, para achar que os
nossos ritos diários, os nossos horários, a nossa organização familiar existem
por força de uma força malévola chamada maçonaria.
Até agora, não vi nenhuma luz nem
nenhum esclarecimento.
Mas o autor destas teorias diz que há
que iluminar (coitado, tem a presunção de ser ele o novo Messias), porque da
discussão nasce a Luz (pena é que a sua noção de discussão seja insultar,
empregar palavrão ou censurar os comentários que não lhe agradam, um pouco como
aqueles miúdos que estando a perder no jogo de futebol lá do bairro, acabam com
o jogo e vão-se embora, porque a bola é deles).
Depois fala em Apocalipse.
Eu até agora gostava de saber a relação
disso com maçonaria e Praxe.
O rapaz passa de um assuntos para o
outros, sem estabelecer ligações ou provar as mesmas. Mistura tudo num
leitmotiv que só ele deve compreender.
Só falta dizer que S. João (apóstolo)
era maçon ou praxista e que a ilha de Patmos, onde ele escreveu o último livro
do Novo Testamento (apocalipse) era a Atlândida.
O
que não se entende, de todo, é a relação entre ritos maçónicos e Praxes
Académicas. O autor diz que são a mesma coisa, que são sinónimas, coisa que
nunca nenhum documento referenciou, nenhum dicionário ou enciclopédia alguma
vez sequer sugeriu.
Nem sei como não estabeleceu ele uma
relação entre o noviciado da igreja e o percurso hierárquico dentro da mesma,
também com a maçonaria e as Praxes.
É estranha essa tentativa de relacionar
ambos, quando durante tanto tempo o ensino universitário (Estudo gerais) era
reservado ao clero, que mais tarde teria nos maçons um inimigo (a Maçonaria –
esqueceu-se o rapaz de explicar - nasce
institucionalmente só a partir do séc. XVII, inspirada nas associações de
artesãos, nomeadamente na época da construção das grandes Catedrais – época do
Gótico – altura em que já existiam ritos de iniciação nas universidades, pelo
que a existir, seriam as praxes a influenciarem a maçonaria, coisa sem sentido,
obviamente).
Outra teoria tão parva quanto a investigação
do autor em causa, é sobre o termo Caloiro.
A sua ignorância é tal que consegue
dizer que o termo é resultado de uma justaposição lexical (Cal+loiro) com
aférese do “L”, porventura (isso ele não diz, porque não percebe patavina de
linguística, claro está).
Só que ele acha que colocar definições
de dicionários do séc. XIX valida que ele os interprete. Ora ele não tem
competência ou saber para tal, nem os dicionários permitem tal.
Em nenhum dicionário que ele cita e
ilustra, ou noutro qualquer, se fundamenta que o termo Caloiro provém da junção
de 2 termos. Porque não vem.
Depois é fácil, quando se quer
perverter as coisas, conseguir, ainda por cima, dizer que Loiro (coloração do
cabelo) tem ocorrência em Louro (planta) ou vice-versa, esquecendo que o facto
de haver dupla grafia em certos termos (toiro-touro, ouro-oiro), não significa
que Louro e Loiro sejam sinónimos, que não são.
Com a Cal, depois, é fácil
naturalmente, inventar-lhe atributos que venham a chegar perto de qualquer
misticismo maçónico ou conspirativo (nem sei como não estabeleceu que Alfred
Nobel, como químico, vinha de uma família de alquimistas, e por isso inventou a
dinamite, usada pelos mestres veteranos para explodirem caloiros, e fazer a
ligação aos Talibãs).
Essa interpretação asurda do termo seria
como dizer que computador fosse resultante de “com+puta+dor,” que significaria,
sei lá, alguém com uma doença venérea. lol
Pena que o autor seja tão limitado intelectualmente
que nunca se tenha dado ao trabalho de ler algumas teses de doutoramento e
algumas publicações de historiadores, sociólogos e etnólogos reconhecidos sobre
as tradições estudantis.
Que do seu estudo nem sequer conste
nada sobre o “Palito Métrico”, o “In Illo Tempore”, “Praxe Académica - Fontes
de Informação Sociológica, Tese de Doutoramento de Rita Alberto – UC, 2003”,
“Tradições Universitárias e Patrimonialização
– Oficina CES, de Paulo Peixoto, 2006”, “Costumes Académicos de Antanho
1898-1950”, “Rituais e Cerimónias – editado pela Fac. Letras da UC em 1993”,
“Costumes estudantis de Coimbra (Mª Eduarda Cruzeiro) - Análise Social 1979", “A sociedade
tradicional académica coimbrã - introdução ao estudo etno-antropológico de
LOPES, António Rodrigues, Coimbra, Gráfica de Coimbra, 1982”…..entre tantos
outros títulos.
Pena que o autor destas teorias
descabidas, nem sequer saiba (tal a ignorância) que o termo Caloiro aparece
apenas no séc. XIX, como sinónimo de provinciano ou rústico, como aliás o termo
“pastrano”, e que os alunos que estavam pela 1ª vez na universidade eram
apelidados de novatos.
Pena que não tenha investigado a questão dos
“Bachileres de pupilos”, origem das relações hierárquicas entre novatos
(pardillos) e veteranos (veterano era qualquer aluno que não fosse novato), que
nos vem de Espanha, Salamanca nomeadamente, sendo que os ritos iniciáticos
(novatadas) são depois trazidos para Portugal (ou influenciam fortemente as práticas).
São-lhe coisas desconhecidas,
certamente. É que nem tudo vem na net e muito do saber ainda exige conhecimento
livresco e competências metodológicas que o teórico da conspiração não possui,
claramente.
Depois, certamente que o autor deve ter
algum trauma social, por achar que a praxe é, como ele refere, “corporativismo
hierárquico maçónico dos vícios báquicos universitários, isto é,
sexo-drogas-e-rock’n-roll!” porque
vivemos numa sociedade hierarquizada, corporativa. De facto, associamo-nos de
muitas formas, umas mais formais que outras, sejam entre condóminos,
associações culturais, partidos, clubes, grupos profissionais, grupso
artísticos, turmas, escolas, empresas……todos com regras, com práticas, usos e
costumes próprios.
Dizer que as
praxes são uma iniciação ao álcool, sexo e música…… é de quem não diz coisa com
coisa!
Tem razão o rapazola ao condenar o
Rally das Tascas. Mas isso é uma invenção de finais dos anos 80, e não uma
tradição. Aliás, nem sequer tem nada a ver com ritos com caloiros.
O rally das tascas ocorria (e ainda
ocorrerá, numa o noutra instituição, infelizmente) durante a Queima, pelo que
entre isso e praxes…..não vejo relação, porque quem participava não eram
exclusivamente caloiros (a maioria eram mesmo estudantes de todos os anos,
finalistas à cabeça muitas vezes).
O que tem isso a ver com maçonaria e
praxes? Também há rally das tascas repertoriado nos ritos maçons?
Depois,
segue-se uma imagem de um anjo com crianças. Não se percebe. É para falar do
cabelo loiro? Mas então há pouco era o loiro planta, agora é loiro cor de
cabelo….decida-se, homem!
Vem depois nova teoria: de que afinal o polimento dos
caloiros aos veteranos vem da Roma e
Grécia antigas. Mas então não era dos Maçons?
Já havia praxes ainda antes de
existirem universidades? Essa é fantástica!!!!!
Que documento atesta essa relação entre
rituais báquicos e pagãos, festas dionisíacas e as praxes?
QUE DOCUMENTOS??????
Depois só referiu festas romanas, mas
gregas, essas,……nenhumas!!!!!!
Vai na volta e os festivais de verão
(Optimus Alive, Sudoeste, Paredes de Coura, Rock in Rio, Super Rock-Super Rock,
entre outros) são todos sucedâneos das festas romanas. Por que só as praxes? Ou descobriu algum
documento que estabelece inequivocamente que essas festas báquicas estão na
origem da Queima das Fitas? Hehehehehe
Se o ditado diz que não se deve
conduzir depois de beber, eu aconselho-o a fazer o mesmo: “Se beber, não
escreva!”.
Obviamente que, depois, tenta o
“estudioso” explicar as insígnias, mas escuda-se com argumentação sem nexo.
Continua, agora sim, com um ataque
cerrado ao Notas&Melodias, com uma argumentação tão parva como a idiotice
do autor.
Claro que os textos do N&M estão
protegidos pela legislação, porque o saber e a investigação exigem esforço,
tempo, e dinheiro também.
Não, desengane-se o rapazola que não se
ganha dinheiro com isso, mas apenas se protege o trabalho sério..
Baseado em muitas e diversas fontes?
Naturalmente.
Ao contrário do autor das teorias
conspirativas, a investigação do N&M não passa por ir à net fazer
copy-paste e depois inventar elos estapafúrdios e fazer afirmações que não são
corroboradas por nenhum historiador, especialista ou quejandos, mas ir
pesquisar às fontes, ler e não omitir informação.
O N&M não inventa factos ou
teorias, mas limita-se a explicar e dizer onde encontrou essa explicação, seja
em documentos antigos, seja em estudos mais recentes, mas procurando sempre
documentar-se ou solicitar a ajuda de
especialistas, citando-os ou pedindo-lhes colaboração directa.
O rapazola, esse, a única coisa que sabe fazer é linkar para artigos que, em lado nenhum confirmam as ligações e interpretações apresentadas, para além de quase sempre serem sites sem autor, como é o caso da Wikipédia (fonte cuja credibilidade.......lol).
O rapazola, esse, a única coisa que sabe fazer é linkar para artigos que, em lado nenhum confirmam as ligações e interpretações apresentadas, para além de quase sempre serem sites sem autor, como é o caso da Wikipédia (fonte cuja credibilidade.......lol).
O restante que faz o teórico da conspiração
é um exercício de inveja. Nunca o menino escreveu um livro nem investigou, mas para isso tem bom remédio: que o faça. E
ao menos leia, antes de mandar bitaites, pois até agora mostrou apenas que
manda postas sobre coisas que nunca viu, leu ou estudou (e sem fazer referências bibliográficas devidas).
Andou na mesma faculdade do Relvas ou do Sócrates?
Andou na mesma faculdade do Relvas ou do Sócrates?
Mas, pelos vistos, pedir-lhe que
fundamente, investigue e seja rigoroso cientificamente seria exigir competência
a mais a quem manifestamente a não tem.
Quer depois o rapazola dar numa de
querer explicar as insígnias de Praxe, pretendendo fazê-lo melhor que um
historiador doutorado, como é o professor António M. Nunes (Sobre a verdadeira origem das insígnias, ler AQUI)
É triste. Só mesmo de alguém que vive
noutra dimensão e não tem noção do ridículo.
Não se percebe, depois, nenhuma relação
entre a última ceia e uma nativa americana, esquecendo-se o rapaz que as
tesouras não existiam no tempo de Cristo.
Aliás, o que tem a ver o cabelo com
tudo isto? E desde quando ele pode afirmar que todos esses povos deixavam o cabelo comprido em razão de motivos
religiosos? Que referências e documentos
pode apresentar em defesa de tal afirmação?
Também deu em antropólogo? Essa é boa!
Estranhamente, o rapazola não fala do exército romano, o primeiro a impor o cabelo curto (por razões de higiène, e depois, para não serem agarrados pelo inimigo). Afinal os romanos, que estão na origem das praxes e dos males do mundo, foram os primeiros a ter água canalizada, sistema de esgotos e medidas sanitárias, lol. Depois essa coisa dos cabelos compridos não se entende para justificar as tonsuras na praxe. Também é um rito maçon? lol
Não tarda e os barbeiros e cabeleireiras são todos de uma sociedade maçónico-romanao-greco-qualquer coisa.
Estranhamente, o rapazola não fala do exército romano, o primeiro a impor o cabelo curto (por razões de higiène, e depois, para não serem agarrados pelo inimigo). Afinal os romanos, que estão na origem das praxes e dos males do mundo, foram os primeiros a ter água canalizada, sistema de esgotos e medidas sanitárias, lol. Depois essa coisa dos cabelos compridos não se entende para justificar as tonsuras na praxe. Também é um rito maçon? lol
Não tarda e os barbeiros e cabeleireiras são todos de uma sociedade maçónico-romanao-greco-qualquer coisa.
Depois, informar o “estudioso” que a
Caveira não é uma insígnia de praxe.
Usada em certos grupos como figuração
dos seus brasões e heráldicas, nunca contudo a caveira esteve alguma vez
associada à Praxe. Nenhum documento o refere, NENHUM!!!!
É mais uma introdução recente? É, mas
figurativa.
Segue-se depois um chorrilho de
“notícias” sobre abusos nas praxes. Não vejo a co-relação com a teoria dos
maçons e dos Romanos/Gregos!
Que são abusos e que são condenáveis?
São!
Que os infractores deviam ser (sempre)
punidos? Claro que sim.
Mas são isso praxes? Não. São abusos e
actos do foro criminal, coisas que não dignificam nem se aceitam.
Quem os praticou é maçon?
Depois dizer que as insígnias de praxe
têm origem nos EUA, é obra!!
Primeiro porque a caveira nunca foi insígnia de praxe, de facto, e apenas começa a aprecer tardiamente (anos 80) e certamente que não por inspiração americana (o filme sobre o assunto é ainda amais tardio na sua emissão em Portugal)
Primeiro porque a caveira nunca foi insígnia de praxe, de facto, e apenas começa a aprecer tardiamente (anos 80) e certamente que não por inspiração americana (o filme sobre o assunto é ainda amais tardio na sua emissão em Portugal)
Depois porque as insígnias como a
tesoura, a moca, a colher….nunca foram insígnias da sociedade “Skull and Bones”
. Ma so que me faz rir e contorcer de riso é a afirmação que essa sociedade
“secreta” americana está por detrás, e passo a citar, “Agenda
Comuno-Maoísta-Globalista de um Único Governo Mundial, dos illuminati, do
satanismo e das repúblicas maçónico-satânicas como a de Portugal” ou seja por
detrás de eventos ou grupos ocorridos ainda antes de existir tal sociedade. É
obra, que os homens do “Skull and Bones” conseguissem agir retroactivamente no
tempo. Deviam ter uma máquina do tempo trazida pelos aliens que visitaram os
Maias e os Egípcios, lol.
Deve também estar na origem da Queima das Fitas (elas próprias inspiradas nos Autos de Fé onde se queimavam caloiros e outros bruxos, lol)., não?
Depois vem a do barrete frígio cuja cor
vermelha é atribuída à China e ligada ao comunismo. lol
Pena que o rapazola nem sequer saiba que
a cor não tem nada a ver e que o vermelho só aparece na bandeira chinesa com a revolução
maoísta, enquanto o barrete frígio, ligado iconograficamente à revolução
francesa (1789), e depois ao busto da república francesa (Marianne) está em uso
no séc. XVII e XVIII. Aliás, se o "alumiado" souber ler francês (e perceber), veja
o significado das cores da bandeira francesa, implementada na época da
revolução, em vez de aqui vir com “chakras” (você é brasileiro?).
Ora afirmar que a praxe é maçonico-carbonária, seria dizer que data de, pelo menos, finais do séc. XIX e inícios do XX. E mesmo assim é influenciada pela revolução chinesa ocorrida décadas depois? Ah, já sei, os praxistas são seres com poderes sobrenaturais que dominam o espectro espacio-temporal, é isso?
Vai na volta e os comunistas satánicos viajaram no tempo par adizer aos romanos para criarem rituais para os praxistas se inspirarem.
Ora afirmar que a praxe é maçonico-carbonária, seria dizer que data de, pelo menos, finais do séc. XIX e inícios do XX. E mesmo assim é influenciada pela revolução chinesa ocorrida décadas depois? Ah, já sei, os praxistas são seres com poderes sobrenaturais que dominam o espectro espacio-temporal, é isso?
Vai na volta e os comunistas satánicos viajaram no tempo par adizer aos romanos para criarem rituais para os praxistas se inspirarem.
Depois diz o rapazola que os valores da
revolução francesa, e depois o republicanismo, servem para, e passo a citar, “fazerem o que quiserem quando lhes apetece
com quem lhes apetecer, sem prestar contas a ninguém e muito menos obedecer a
valores e princípios morais e de senso-comum, violando constantemente os
Direitos Humanos!” . É de alguém totalmente ignorante, ignorando mesmo que é
da revolução francesa e ideário republicano do qual emana a “Declaração Universal dos
Diretos Humanos!” Nem um monárquico anti-republicano iria tão longe!
É triste a ignorância do rapazola!
Depois dizer que Júlio César usava uma
coroa de louro para esconder a calvície ou por vaidade é nem sequer perceber
coisa de coisa nenhuma da organização da sociedade romana (e como se Júlio
César tivesse sido o primeiro a fazê-lo ou a usar).
Ele há coisas que deviam constar do Guiness do absurdo.
Ele há coisas que deviam constar do Guiness do absurdo.
Entramos depois na área da deturpação
total:
- Afirma que os intelectuais consideravam o povo como bestas com doenças. Isso é um claro exagero e uma invenção. E dizer que os chamavam de caloiros é igualmente erróneo. Mas gostava que me fosse apresentado um documento onde isso se revela e onde o povo é apelidado genericamente de caloiro.
- Depois dizer que o ir às unhas e cortar cabelo tem a ver tem a ver com o nojo que tinha do povo que achavam imundo é, no mínimo, parvo de todo. Principalmente quando a alta sociedade tanta importância dava aos longos cabelos, de que as perucas do séc. XVI a XVIII são disso prova). Também nenhum documento o comprova!
- Depois vem o cromo dizer que a cor preta dos trajes tem a ver com obscurantismo e falta de pureza, quando nem sabe que essas cores eram usadas pelo clero, a par com o castanho e o pardo, não por imposição mas porque, nas universidades, havia indicações de não usar cores garridas (vermelhos, laranjas, verdes...)
- Depois essa teoria de que os povos consideravam o cabelo uma ligação telepática, só mesmo de quem tem problema telepáticos.
- Mas há pior: dizer que no norte de Portugal há uma mais forte ocorrência e cabelos louros. Isso tem por base que estudo antropológico? Influência de povos germânicos? Quais? Essa é boa!
- As praxes são uma prática tipicamente portuguesa? Essa é boa! Então não são maçónico-carbonário-satanico-romano-greco-skullianas-qualquer coisa?
- França é um país maçónico? EUA também? Essa é boa! Diz quem? Um país para ser maçónico teria de ter a maioria da população maçon. Você sequer lê os disparates que escreve (já que não os pensa)?
- Noutros países não há praxes? Como sabe disso? Foi lá inquirir?
- Inteligência vem de onde mesmo? Eu que pensava que tinha a ver com “inteligir” (intelligere e inteligens), entender, compreender. (termo composto de íntus: dentro e lègere: recolher, escolher, ler - como sinónimo de “entendere” ou o acto de entender pro dentro a natureza das coisas……………… mas isso não é para todos e nem todos estudaram linguística, latim, lexicologia ou evolução das palavras. Pena é que alguns se armem em áreas que não dominam de todo.
- Depois fala em”The Manuale Scholarium – Século 19, ano 1868”dizendo que é época medieval. Muito bom. Nem sabe distinguir os séculso e as épocas (mas isso já tínhamos notado).
- Depois as praxes são reflexo da
sociedade portuguesa (depois da maçonaria, dos romanos e gregos, dos
americanos…….) vindo, depois, com conceitos fabulosos como, e passo a citar: “não fazem a mínima o que é Geometria
Sagrada e Proporção Áurea aplicada nas construções, chegam mesmo a destruir
Património Histórico Nacional, porque só lhes interessa uma coisa”. Mas quem destruiu património histórico? Os praxistas?
Tanta coisa com os maçons e depois vem adular a proporção áurea ou geometria sagrada? Mas estamos a falar de quê afinal?
Querem ver que agora estamos no mundo da metafísica e do espiritismo? - E vem depois dizer que, não sei bem quem, impede o livre arbítrio? Essa é boa. Impede como? Quem?
- Segue-se depois a acusação de que as associações
académicas baptizam os caloiros e que são uma máfia e que perseguem as pessoas.
O rapazola nem sabe a diferença entre uma associação académica (estudantes) e
praxe (ou organismos de praxe). E tem a distinta lata de dizer que até impedem o relacionamento entre
pessoas.
Mas este tipo saiu de que buraco, afinal?
E acaba o “iluminado” a dizer que a
praxe vem da época medieval, depois de ter dito que vinha da maçonaria, depois
dos romanos e regos, depois das sociedades secretas americanas, depois que era
reflexo do povo português…………mas que grande volta ao mundo par anão dizer coisa
nenhuma de jeito, não provar nada do que diz e estabelecer teorias sem qualquer
nexo ou fundamento.
A praxe é pagã (apesar de nascer em
instituições religiosas e os ritos de iniciação serem inicialmente e praticados
entre membros do clero), para depois ser da burguesia para com o povo e depois
ser de quem está no topo da pirâmide (da sociedade) para cok os coitados da
plebe!
Mas que confusão vai naquele vazio
cerebral.
E como grande messias que é, o nosso
“iluminado” assume-se como dono da verdade, aquela que nos permitirá entrar,
como ele diz, e passo a citar: “ numa
Nova Era Espiritual, com um novo alinhamento galáctico, em que deixamos de ser
influenciados pelas energias negativas de Orion!”
De gente
assim está o Júlio de Matos cheio.
Lamento é que tenha
anunciado no início do artigo que iria falar das latadas, da queima, das fitas
e das tunas, mas sobre isso nem uma linha.
E sobre Tunas,
então é que estou mesmo expectante, a ver o que consegue desta vez inventar.
Mas cá esperamos
que venha o sabichão querer “ensinar a missa ao padre”.
Termino com esta tirada sublime do autor do dito texto (que no Facebook se apresenta como Gillian):
"Foram todas esssas entidades, [os Illuminati, os Maçons, os satânicos, os extraterrestres] que são uma só, que inventaram isso [a praxe] assim como todo o tipo de manipulação e controlo mental humano que por esse mundo imunda!" in https://www.facebook.com/events/521059081291252/521088994621594/?comment_id=521382551258905¬if_t=like
Depois disto............. I rest my case.
Termino com esta tirada sublime do autor do dito texto (que no Facebook se apresenta como Gillian):
"Foram todas esssas entidades, [os Illuminati, os Maçons, os satânicos, os extraterrestres] que são uma só, que inventaram isso [a praxe] assim como todo o tipo de manipulação e controlo mental humano que por esse mundo imunda!" in https://www.facebook.com/events/521059081291252/521088994621594/?comment_id=521382551258905¬if_t=like
Depois disto............. I rest my case.