Fernando Lopes-Graça nasceu em Tomar a 17 de Dezembro de 1906, cidade onde, apenas com 14 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine-Teatro local, procedendo ele próprio aos “arranjos"(?) dos trechos que interpretava, tocando peças de Debussy e de compositores russos contemporâneos.
Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa; em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor o maior pianista português de todos os tempos: Mestre Viana da Motta (antigo aluno de Liszt).
Em 1931, conclui o Curso Superior de Composição com a mais alta classificação, concorrendo de seguida a professor do Conservatório, em piano e solfejo, o que lhe viria a ser vedado devido à sua oposição ao regime político, sendo inclusivamente preso e desterrado para Alpiarça.
Leccionaria na Academia de Música de Coimbra, vindo a colaborar na Revista “Presença��?, um dos esteios da poesia em Portugal.
Em 1937 ganha uma bolsa de estudo para Paris, a qual contudo lhe seria igualmente recusada por motivos políticos. Não obstante, decide partir para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin.
Em 1938, a Maison de la Culture de Paris encomenda-lhe uma obra: «La fiévre du temps» (ballet-revue). Em 1939, com a II Guerra Mundial, alista-se no corpo de voluntários dos Amis de la République Française, colaborando também com exilados da Guerra Civil espanhola.
Após 3 anos em Paris, regressará a Portugal, desenvolvendo a sua actividade como compositor.
Em 1940, ganha o prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical com o 1º Concerto para Piano e Orquestra, iniciando, em 1941, a sua acção na Academia de Amadores de Música, a convite de Tomás Borba. Em 1942, obtém o prémio do Círculo de Cultura Musical com a «História Trágico-Marítima» (poema de Miguel Torga). No ano de 1944, venceria novamente o Prémio de Composição do CCM com a «Sinfonia». Em 1945, seria dirigente do MUD.
Entretanto colabora também, de 1946 a 1949, na Revista “Seara Nova��?. Também em 1949, integra o júri do Concurso Internacional Béla Bartók em Budapeste, sendo contudo impedido de sair do país.
Defensor da música tradicional portuguesa, realizou intenso trabalho na sua recolha e divulgação; dedicar-se-ia a pesquisas folclóricas, começando a trabalhar estreitamente com o etnólogo francês Michel Giacometti, percorrendo o país de lés a lés, recolhendo canções cantadas pelos camponeses, transmitidas oralmente de pais para filhos.
A partir de 1960, passa a viver na Parede (onde a Escola Secundária viria a receber o seu nome). Em 1961, edita com Michel Giacometti o 1º volume da Antologia de Música Regional Portuguesa; viriam mais tarde a editar o Cancioneiro Popular Português. Inicia de seguida o In Memoriam Béla Bartók (8 suites progressivas para piano) que viria a completar em 1975.
A par da sua vastíssima e extremamente diversificada produção vocal, escreveu música para piano e outros instrumentos, tais como guitarra e violino, música de câmara e música sinfónica.
Entre as mais valiosas, destacam-se: 11 Glosas; Para uma Criança que Vai Nascer; Bosquejos (para orquestra de arcos); o ciclo de canções As mãos e os Frutos; Canto de Amor e de Morte (para conjunto instrumental); Cantata Melodrama D. Duardos e Flérida; Concerto de Violoncelo, escrito a pedido do célebre violoncelista soviético Rostropovitch (por este interpretado em 1969); o Quarteto de Cordas, com o qual ganharia o Prémio Rainier III de Mónaco.
Viria a falecer a 27 de Novembro de 1994, na sua casa na Parede. Em 1995, seria editado pela Câmara de Cascais / Museu da Música Portuguesa o Catálogo do Espólio Musical de Lopes-Graça, um dos mais importantes compositores da história da música em Portugal.
Em 1923, frequenta o Curso Superior do Conservatório de Lisboa; em 1927, frequenta a Classe de Virtuosidade, onde tem como professor o maior pianista português de todos os tempos: Mestre Viana da Motta (antigo aluno de Liszt).
Em 1931, conclui o Curso Superior de Composição com a mais alta classificação, concorrendo de seguida a professor do Conservatório, em piano e solfejo, o que lhe viria a ser vedado devido à sua oposição ao regime político, sendo inclusivamente preso e desterrado para Alpiarça.
Leccionaria na Academia de Música de Coimbra, vindo a colaborar na Revista “Presença��?, um dos esteios da poesia em Portugal.
Em 1937 ganha uma bolsa de estudo para Paris, a qual contudo lhe seria igualmente recusada por motivos políticos. Não obstante, decide partir para França por conta própria, aproveitando para ampliar os seus conhecimentos musicais, estudando Composição e Orquestração com Koechlin.
Em 1938, a Maison de la Culture de Paris encomenda-lhe uma obra: «La fiévre du temps» (ballet-revue). Em 1939, com a II Guerra Mundial, alista-se no corpo de voluntários dos Amis de la République Française, colaborando também com exilados da Guerra Civil espanhola.
Após 3 anos em Paris, regressará a Portugal, desenvolvendo a sua actividade como compositor.
Em 1940, ganha o prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical com o 1º Concerto para Piano e Orquestra, iniciando, em 1941, a sua acção na Academia de Amadores de Música, a convite de Tomás Borba. Em 1942, obtém o prémio do Círculo de Cultura Musical com a «História Trágico-Marítima» (poema de Miguel Torga). No ano de 1944, venceria novamente o Prémio de Composição do CCM com a «Sinfonia». Em 1945, seria dirigente do MUD.
Entretanto colabora também, de 1946 a 1949, na Revista “Seara Nova��?. Também em 1949, integra o júri do Concurso Internacional Béla Bartók em Budapeste, sendo contudo impedido de sair do país.
Defensor da música tradicional portuguesa, realizou intenso trabalho na sua recolha e divulgação; dedicar-se-ia a pesquisas folclóricas, começando a trabalhar estreitamente com o etnólogo francês Michel Giacometti, percorrendo o país de lés a lés, recolhendo canções cantadas pelos camponeses, transmitidas oralmente de pais para filhos.
A partir de 1960, passa a viver na Parede (onde a Escola Secundária viria a receber o seu nome). Em 1961, edita com Michel Giacometti o 1º volume da Antologia de Música Regional Portuguesa; viriam mais tarde a editar o Cancioneiro Popular Português. Inicia de seguida o In Memoriam Béla Bartók (8 suites progressivas para piano) que viria a completar em 1975.
A par da sua vastíssima e extremamente diversificada produção vocal, escreveu música para piano e outros instrumentos, tais como guitarra e violino, música de câmara e música sinfónica.
Entre as mais valiosas, destacam-se: 11 Glosas; Para uma Criança que Vai Nascer; Bosquejos (para orquestra de arcos); o ciclo de canções As mãos e os Frutos; Canto de Amor e de Morte (para conjunto instrumental); Cantata Melodrama D. Duardos e Flérida; Concerto de Violoncelo, escrito a pedido do célebre violoncelista soviético Rostropovitch (por este interpretado em 1969); o Quarteto de Cordas, com o qual ganharia o Prémio Rainier III de Mónaco.
Viria a falecer a 27 de Novembro de 1994, na sua casa na Parede. Em 1995, seria editado pela Câmara de Cascais / Museu da Música Portuguesa o Catálogo do Espólio Musical de Lopes-Graça, um dos mais importantes compositores da história da música em Portugal.
No dia em que se comemora o centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça, é hoje inaugurado em Tomar o monumento evocativo do que foi um dos nomes maiores da cultura portuguesa do século XX, um “Grande Português“.
O programa de comemorações do dia de hoje compreende, entre outras, os seguintes eventos:
- Pelas 15h30, no antigo Cine-Esplanada, junto ao Estádio Municipal, inauguração do monumento a Fernando Lopes-Graça e ao seu amigo Fernando de Araújo Ferreira (”Nini Ferreira” – outra figura de relevo tomarense).
- A partir das 17 horas, no Cine-Teatro Paraíso, inauguração de uma exposição de trabalhos escolares, a pretexto da digressão pelas escolas do 1.º ciclo do ensino básico da exposição “De pequenino se fala do Graça”.
- De seguida, apresentação e lançamento de várias obras: (i) “A construção de uma identidade – Tomar na vida e obra de Lopes-Graça”, de António Sousa; (ii) reedição de uma das mais procuradas obras de Lopes-Graça, “Reflexões sobre a música”; (iii) “Fernando Lopes-Graça”, de Ricardo Cabrita, banda desenhada, cujo lançamento em livro deverá ocorrer a 1 de Março; (iv) partitura “Tomar”, com poemas de Nini Ferreira, musicados pelo compositor, lançada pela Canto Firme.
- A partir das 21h30, também no Cine-Teatro, decorre um grande concerto comemorativo, o “Concerto do Centenário”, com o pianista Miguel Henriques e a Orquestra Clássica de Espinho, com destaque para a primeira audição do “Concerto para Piano e Orquestra n.º 2″ de Fernando Lopes-Graça.
As comemorações do centenário de Lopes-Graça prolongar-se-ão com o “Prémio Lopes-Graça de Composição” (concurso aberto a obras para quatro vozes mistas sobre texto ou canção popular portuguesa, que deverão ser entregues até dia 2 de Janeiro de 2007), o qual será anunciado a 1 de Março e atribuído na Festa dos Tabuleiros, em Julho de 2007.
Prosseguirão ainda as obras de recuperação da casa onde nasceu o compositor, na qual será criada a “Casa Memória”.
O programa de comemorações do dia de hoje compreende, entre outras, os seguintes eventos:
- Pelas 15h30, no antigo Cine-Esplanada, junto ao Estádio Municipal, inauguração do monumento a Fernando Lopes-Graça e ao seu amigo Fernando de Araújo Ferreira (”Nini Ferreira” – outra figura de relevo tomarense).
- A partir das 17 horas, no Cine-Teatro Paraíso, inauguração de uma exposição de trabalhos escolares, a pretexto da digressão pelas escolas do 1.º ciclo do ensino básico da exposição “De pequenino se fala do Graça”.
- De seguida, apresentação e lançamento de várias obras: (i) “A construção de uma identidade – Tomar na vida e obra de Lopes-Graça”, de António Sousa; (ii) reedição de uma das mais procuradas obras de Lopes-Graça, “Reflexões sobre a música”; (iii) “Fernando Lopes-Graça”, de Ricardo Cabrita, banda desenhada, cujo lançamento em livro deverá ocorrer a 1 de Março; (iv) partitura “Tomar”, com poemas de Nini Ferreira, musicados pelo compositor, lançada pela Canto Firme.
- A partir das 21h30, também no Cine-Teatro, decorre um grande concerto comemorativo, o “Concerto do Centenário”, com o pianista Miguel Henriques e a Orquestra Clássica de Espinho, com destaque para a primeira audição do “Concerto para Piano e Orquestra n.º 2″ de Fernando Lopes-Graça.
As comemorações do centenário de Lopes-Graça prolongar-se-ão com o “Prémio Lopes-Graça de Composição” (concurso aberto a obras para quatro vozes mistas sobre texto ou canção popular portuguesa, que deverão ser entregues até dia 2 de Janeiro de 2007), o qual será anunciado a 1 de Março e atribuído na Festa dos Tabuleiros, em Julho de 2007.
Prosseguirão ainda as obras de recuperação da casa onde nasceu o compositor, na qual será criada a “Casa Memória”.
Ainda no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça, a Antena 2 lançou uma caixa com 10 CD’s com peças do compositor, extraídas do arquivo da RDP, compreendendo ainda um documentário de António Cartaxo e uma entrevista radiofónica realizada por Igrejas Caeiro em 1957.
Entretanto, o Ministério da Cultura criou também um site, com uma “web radio“, em que é possível ouvir obras de Lopes-Graça.
Entretanto, o Ministério da Cultura criou também um site, com uma “web radio“, em que é possível ouvir obras de Lopes-Graça.
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