Nunca perceberei, por mais anos que ainda viva, como a nossa sociedade caiu nesta loucura de promover idiotas ao patamar de "influenciadores" e doutos veículos de opinião e saber.
Podendo haver honrosas, e raras, excepções, toda esta gente que se produz nos vlogs e afins, nas redes sociais e youtube, falam das coisas como se fossem gurus, especialistas ou reconhecidos "experts" naquilo que abordam.
Ora, a quase totalidade desta gente fala sobre coisas sobre as quais não tem qualquer competência, formação, estudo ou obra reconhecida; gente que sob a dúbia cortina de estar a dar opinião, procura fazer disso facto a tomar em consideração, pretendendo estar a passar informação correcta e levando a que outros acreditem na treta e a retransmitam.
No caso concreto da Praxe, das praxes e, grosso modo, das Tradições Académicas, há muito que temos assistido a uma legião de vaidosos incompetentes a falar sobre temas acerca dos quais mostram apenas a sua medíocre formação académica, a sua falta de senso e pretendendo ter propriedade para comentar e falar sobre tudo, como especialistas encartados; gente que, a partir da sua "experiência", generaliza, advoga, profetiza, aconselha e, ás custas da cegueira alheia, acumula vaidade mitómana.
Nunca como hoje, Umberto Eco esteve tão certo sobre esta realidade.
"Os Deuses devem estar loucos", tal como no filme.
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