Afinal, até certo ponto, parece que estamos, volta e meia, a repetir certos "costumes", embora nem sempre o bons, que algures se parecem ter perdido.
Em 1892, um certo lente de Direito viu a vida a andar para trás, quando um jovem estudantes decidiu vingar-se de um chumbo recebido.
Era uma época conturbada e violenta, em plena efervescência entre os âmagos feridos do Ultimatum inglês e os fulgores republicanos que se exacerbavam cada vez mais, num país que atravessava a bancarrota, numa sociedade de contrastes onde muitas soluções passavam por ajuste de contas corpo e corpo.
Note-se, contudo, que este tipo de incidente não era norma, tendo em conta que tal valia ao estudante não apenas a cadeia, mas também a expulsão da Universidade e, consequentemente, a possibilidade de um futuro que não passasse por "vergar a mola".
Bem diferente, portanto, daquilo que hoje sucede, onde o contexto é bem diferente (apesar da actual crise financeira) e as agressões a professores são resultantes da ausência de valores, de educação e de lei que puna duramente quem o faz.
Jornal A Liberdade (Viseu), de 09 Julho de 1892, 22º Anno, nº 1127, p.2
Sem comentários:
Enviar um comentário