sexta-feira, dezembro 16, 2016

Notas a um Tricórnio flácido

Uma breve incursão ao Minho.
Como sabemos, o traje estudantil usado na Universidade é, actualmente, o denominado "Tricórnio".
 
 
O nome desse conjunto vestimentário, inventado pelo então estudante Luís Novais em 1989 (ver AQUI), tem por base o nome do chapéu adoptado, o Tricórnio (chapéu de 3 bicos).
In site de "A Toga"

In site "Entrada no Mundo Académico"
 
 
E é precisamente sobre esse chapéu (que, nas imagens acima, podemos ver na sua configuração correcta) que nos debruçamos neste artigo.
E fazemo-lo porque nos temos deparado com inúmeras fotos de estudantes da UM que supostamente deveriam usar tricórnio e, pelo contrário, usam um faz de conta de tricórnio -  em alguns casos, até é exagero assim o designar.
A imagem seguinte é esclarecedora.
 
 
 
Tricórnios achatados, dobrados (enrolados), murchos, alguns que mais parecem turbantes ou tartes mal amanhadas, é o que muitos estudantes ostentam, dando um ar muito pouco digno à peça mais importante ou mais identificativa do traje em uso na academia bracarense.
Um pouco mais de cuidado e brio no porte e aprumo dessa peça é pedir muito?
Se é para usarem tricórnio, que seja um de verdade e não essa coisa esquisita que parece ter derretido em dia de canícula.
 
Terminamos com uma foto de um grupo de estudantes da UM que, esses sim, usam o tricórnio como é suposto.
 
 
In blogue expressclique, artigo de 08 de Novembro de 2010

 

4 comentários:

Suspeito do Costume disse...

Mas supostamente não se deveria usar o Traje Nacional em todas as Academias?

WB disse...

À partida sim. O facto é que em idos da década de 90, se teve a peregrina ideia de que a capa e batina era traje exclusivo de Coimbra (o que é falso) e que, portanto, era preciso inventa rum traje que traduzisse a diferente localidade ou instituição frequentada (quando o traje académico nunca teve tal função).
Isso foi também muito ajudado pelos de Coimbra que, na altura, também tinham a mania que o traje era património só seu e achavam que só eles é que eram dignos e merecedores de o poder usar.

O que actualmente diria é que o traje nacional deveria ser permitido a quem o quisesse usar, mesmo em localidades onde existe outro.

Unknown disse...

Relativamente a este ensaio sobre o elemento mais importante do traje que representa a Universidade do Minho, tenho de dizer que há dois tipos de tricórnios, segundo os quais os estudantes têm a liberdade de escolher: um tricórnio de cartão (como demonstra os estudantes da última imagem), que lhe confere uma "melhor estética"; e existe o tricórnio de arames. Este tipo de tricórnio está representado na penúltima imagem (os tais
"achatados, dobrados, murchos, alguns que mais parecem turbantes"). O Estudante, quando adquire este tipo de tricórnio, dá ao padrinho escolhido para este lho moldar, dando-lhe uma história, uma personalidade, um tricórnio que é o seu... Antes de falar dos Tricórnios do Minho, convinha fazer-se primeiro uma pesquisa...

OBS: Academia Bracarense? Os Vimaranenses que ouçam isto! Que eu saiba, a Universidade do Minho têm um campus em Braga e outro Campus em Guimarães. Da próxima vez mencione Academia Minhota e não Academia Bracarense!

J.Pierre Silva disse...

Sr. Insano.

Tricórnio apenas existe um modelo, aquele que historicamente era usado em toda a a Europa, e não só. Qual cartão, quais arames.
Moldar um chapéu é dar-lhe história? Essa é boa. Bela invenção.
Fie-se menos no que ouve dizer e procure documentar-se. Verá que anda a acreditar em muitas balelas.