quarta-feira, junho 06, 2012

Notas de curiosa "Benção"

Tropecei no seguinte video a que derma o título de "Benção das Pastas".
Curioso, cliquei, esperando ver um excerto da referida benção, até para perceber de alguma semelhança ou diferença de monta.
Obviamente que a diferença foi de monta, foi abismal, até. Com efeito, isso da publicidade enganosa faz que muito patinho caia, como eu caí.
Afinal, não se trata de nenhuma benção, mas de uma "estranha" cerimónia onde uma qualquer autoridade (que não se consegue identificar só pelo vídeo, mas presume-se que um docente) entrega as pastas fitadas aos finalistas.



Não se percebe muito bem de onde vem essa prática.
Em lado algum se entrega uma pasta fitada ao próprio dono. Qual o sentido ou simbolismo?
Certamente que gostaríamos de saber, para melhor entender.
Mas dou de barato ao acto que, ao que parece, pretenderá assinalar o rito de finalista (embora o que a tradição consagrou chegasse perfeitamente).
Não dá para perceber muito bem em que moldes é isso e quando foi inventada tal cerimónia, mas é algo que só os próprios nos poderão esclarecer.

Seja como for, um erro crasso ali ocorre: os estudantes, finalistas, apresentam-se de capa ao ombro, quando em qualquer cerimónia oficial o devem fazer de capa descaida pelos ombros.
Benção não é, fique claro, e pena é que os autores do vídeo (que serão estudantes da academia em causa) não tivessem tido o cuidado de atribuir correctamente o título àquilo que as imagens ilustram.



Já o vídeo que se segue, apenas consta para que se veja e perceba a estupidez de certa gente. Uma vergonha que alunos assim se comportem e sejam tão mal educados, grosseiros e brejeiros, principalmente num acto público, numa cerimónia oficial.
Se aquilo é um hino, é lamentável que o tivessem adoptado, de tão porco e nojento que é.
Se há gente que o entoa, ainda mais lamentável, pois não se esperava tal conduta em estudantes do superior.
Geração rasca? Os que estão ali retratado, sem dúvida!

9 comentários:

Ana Gameiro disse...

Gostaria de aqui dizer que estes pedaços de videos nao se referem à benção das pastas mas sim à entrega das pastas...um evento realizado pelos alunos c a ajuda dos professores, um momento de "convivio" e simbolismo para cada curso onde se reuniem os pais e os amigos e onde se da uma pequena importancia a cada curso e aluno ao entregar a pasta por professores que nos acompanharam ao longo do curso. Ja a benção das pastas é feita depois c todos os formalismos: capa estendida nos ombros, na Sé de leiria e com um bispo. Espero ter esclarecido.
Na minha opiniao penso que devia de se ter informado primeiro antes de ter feito essas observacoes incorretas. Cada cidade tem as suas tradicoes e a nossa é esta.

Aluna e Finalista da ESTG

Anónimo disse...

Eu não sei, mas sinceramente, não vejo qual seja o mal de os estudantes cantarem o hino de curso. O IPL é uma grande academia, e quem não gostar... Tem bom remédio...

Paulo A. J. Moreira disse...

Exmos Srs.

Em opinião pessoal e como membro da TEV-ESTG (Távola Elíptica Veterânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria – Órgão Máximo de Praxe dentro de cada Escola da Academia de Leiria), louvo a surpresa e as questões suscitadas, cumprindo-me desde logo o dever e também seguido pelo ímpeto, de dirimir o desconhecimento, dúvida e de certa forma, o tom algo achincalhador.
Refiro antes de mais, que a cerimónia em si, não é a Bênção das Pastas, essa cerimónia ocorre no mesmo dia, no entanto, no período da tarde, pois, a cerimónia que se encontra nos vídeos é uma cerimónia que tradicionalmente a Associação de Estudantes promove no período da manhã, onde um ou mais professores de determinado curso entrega as pastas fitadas aos seus alunos, num sentido simbólico de terminus do curso.
É certo, que causa alguma estranheza o segundo vídeo, pois, além de confundirem os leigos das vivências de Leiria com a identificação de cerimónias, também entoam os seus hinos de curso, sim, este é o hino de um curso, bom ou mau, é o seu hino, foi o hino que há muitos anos fora escolhido pelos seus antecessores.
Há a salientar que os Órgãos de Praxe, não estão na organização deste evento e não têm qualquer intervenção nesta cerimónia, exceptuando no pormenor que referiram, que sim, é um erro crasso e que se encontra previsto no nº III do art.º XIX do Código de Praxe de Leiria (3ª Edição), onde os estudantes devem apresentar-se com a capa corrida pelos ombro, o que já acontece sempre na verdadeira cerimónia da Bênção das Pastas (já referido que ocorre depois desta cerimónia que é a entrega das pastas), onde os estudantes apresentam-se com a capa corrida pelos ombros.
Mais uma vez se refere que foi dado pelos Órgãos de Praxe este evento que vemos representado nos vídeos, como uma cerimónia onde os estudantes devessem apresentar-se dignamente, no entanto, há sempre um ou outro que quebra a regra, não fazendo mesmo assim dos factos apresentados a regra, não se tratando desde logo o não haver controlo, nem de não existir respeito pela praxe, porque os há.
Em fase de conclusão, refere-se que concordo com o que é dito, é um evento oficial que não é a Bênção das Pastas, pode existir mais decoro (é uma clara verdade - opinião pessoal), a capa deve-se apresentar corrida pelos ombros, tal como se encontra previsto no Código de Praxe de Leiria e acima mencionado, refere-se que é um evento que parte da iniciativa da Associação de Estudantes, por ora, agradeço a atenção e o relevo dado a erros que ocorrem/ocurreram na ESTG-IPLeiria (Academia de Leiria), tal como os erros acontecem no Porto, Coimbra, entre outras academias.

Dura Praxis Sed Praxis

J.Pierre Silva disse...

Por ordem:

Cara Ana Gameiro,
Sei perfeitamente que é uma benção das pastas.Bem antes sequer de ele existir em Leiria.
O que coloquei com uma certa dose de cinismo, foi o título dado ao vídeo, precisamente pro pessoas que, essas sim, teriam obrigação de saber do que se tratava e atribuir o título correcto ao vídeo (pois esquecem-se que ele posto a circular publicamente e nem todos são, ou forma estudantes em Leiria).
Já a questão de "cada cidade suas tradições" é a maior falácia que deu lugar para que se inventasse e destruisse o património comum identificativo da cultura estudantil portuguesa.
Há práticas que não são tradição coisa nenhuma, não apenas porque artificiais (não têm precedente histórico) mas muitas vezes porque vão precisamente contra a Tradição.

Agora para o "Anónimo",

Dizer que lá por ser o hino do curso, isso não significa que se deva cantar em qualquer lugar. Quem tem um hino pejado de palavrões e têm a façta de vergonha para o entoar só pode ser estúpido (porque mal educado, grosseiro e brejeiro já é).
Canções com palavrões são de pessoas sem carácter, sem valores e sem inteligência sequer. Aceitar isso como hino, só porque uns cromos assim o impuseram antes...... é cobrir-se de ridículo e algo que não se espera em alunos do superior.
Assim sendo, é mais um exemplo do quão rasca se pode ser.
Qualidad,e excelência, no ser e no estar, deve ser marcas distintivas e não a acefalia colectiva que o vídeo em causa ilustra.

Finalmente, caro Paulo Moreira,

Agradeço o cuidado em prestar os devidos esclarecimentos.

Abraço

Manuela G. Silva disse...

Os tipos do hino são todos uns anormais.
Até raparigas cantam o que é um claro machismo baixo e nojento. Até uma criança ali está.
É UMA VERGONHA!

São umas bestas que sujam e deitam abaixo a imagem dos estudantes.
Nem merecem o traje e as fitas que têm. Não tem respeito por nada nem ninguém. é mesmo de quem tem o cérebro ligado aos intestinos.
Fazer isso em público num ato académico é a coisa mais parva e merdosa a que já assisti.

Unknown disse...

Caríssimo WB,

Sendo eu estudante do curso de Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, sinto me profundamente ofendido e revoltado perante tal afronta ao meu querido e amado curso.
Como foi já referido, a cerimónia apresentada não se trata própriamente da Benção das Pastas, mas sim de uma pequena cerimónia que a introduz.
O nosso hino não tem o intuito de ofender ninguém, serve apenas para demonstrar a garra, o espirito e coragem (necessária para cantar em publico tais versos) que tão bem caracterizam o nosso curso e as pessoas que o frequentam.
Além disso, sendo o curso frequentado maioritáriamente por estudantes do sexo masculino, é perfeitamente normal o toque de "machismo" presente nas raizes do nosso curso.Como sabe, grandes e consagrados poetas portugueses, tais como Bocage, utilizam tais palavras sem medo algum, pois são essas que bem caracterizam a nossa cultura. Além disso todos os elementos do sexo feminino ostentam as cores do curso e gritam o hino com toda a garra necessária, e aceitam de bom grado os nossos "rituais" internos.
Um conselho que lhe deixo, é que se informe bem acerca dos hábitos antes de difamar quem os pratica, porque até ao momento, pelo que sei, vivemos num país liberal e com liberdade de expressão. Considero ainda a sua atitude retrógrada e obtusa, nada digna de um blogguer, pois não deve fazer juizos de valor colectivos e de pessoas que claramente não conhece.

No que toca ao comentário da menina Manuela G. Silva, anormal é toda essa atitude afunilada e retardada em pleno século XXI.

Sem outro assunto de momento, assim me subscrevo,
M&M, o Primeiro

Anónimo disse...

Manuela G.Silva, que bela educação nos trazes...espero que a tua filha ou o teu filho nunca digam asneiras à tua frente, porque senão tenho pena das pobres crianças. Ainda ficam sem iPod o que as deixa irritadissímas. "Tá a ver?"
Em seguida, informo que muitos daqueles homens e mulheres que ali estão a cantar o hino do seu curso, várias vezes entoado em inúmeras situações desde à muitos anos, são pessoas impecáveis, não faltaram o respeito a ninguém, pagam as suas propinas e muitos deles trabalham durante o dia e estudam à noite para conseguir seguir as suas carreiras. Se para si, uma pessoa é uma besta, uma parva, uma merdosa por mostrar o orgulho que tem pelo facto de concluir o seu curso e entoar o Hino, o que será para si um Ladrão? Um corrupto? Um mafioso? Um assassino? pois bem, é provável que muitas daquelas bestas, como lhes chama, sejam muito mais na vida do que Uma Manuela G.Silva.

Cumprimentos

Um dos "anormais" "sem" estômago, logo com cérebro "desligado" disse...

Como seria de esperar, um vídeo destes causa sempre algum impato. Contudo, esse mesmo vídeo não ilustra de forma óbvia o caráter boémio, carnavalesco e, até, irónico com que um grupo de estudantes finalistas recordou as mesmas "cantigas" que o acolheu logo no primeiro dia da sua vida académica. Certo, é feio, é rude, é machista, é porco, tinha uma criança lá no meio (acompanhada pelo pai, até, e à sua responsabilidade)... admito isso, por um lado. Contudo, foi uma brincadeira, uma piada "parva" entendida por aqueles que viveram o ambiente académico leiriense, ou seja por aqueles ali presentes. Não considero que esse grupo de estudantes seja, por esse motivo, uma cambada de anormais, de cérebro ligado ao estômago, sem caráter e potenciadores de uma imagem denegrida dos estudantes portugueses (até porque o que estes cantam não diz muito sobre o seu currículo académico, nem deve dizer). Espero que, de certa forma, tenha transmitido uma melhor noção sobre qual o contexto em que toda esta situação ocorreu, que não é assim tão dramática e negativa como parece ser à primeira vista. Foi só uma brincadeira que resultou em risos e folia, pouco mais.

J.Pierre Silva disse...

Só não se percebe é como é que ainda há gente que justifica o uso do palavrão num hino e relativiza o conteúdo desse tal hino.
Já de si, ao contrário do que alguns propalam, o hino é ofensivo à boa educação. Quando entoado numa cerimónia académica e pública, pior ainda.
Ofende quem ouve, desde logo.
Geração rasca, desde logo, quando vários users (alguns estarão no próprio video do hino e outros são desse curso) deixaram comentários, posts que não publiquei, que reivalizavam no uso de calão, de palavrão, ilustrativo do grau deeducação, mas também do grau de domínio do nº de vocábulos que conhecem. Houve mesmo quem quisesse desculpar o palavrão com referência a Bocage, como se os estudantes ali filmados tivessem sequer a qualidade literária do poeta ou não percebessem o que é o uso gratuito, sem critério e sem pertinência do vernáculo. Só faltava terem referido Gil Vicente. É como justificar as ofensas acaloiros com as torturas nas cadeias da PIDE.

Se o 1º video foi impropriamente titulado, pois é um reparo justo. Se os estudantes iam sem a capa secundum praxis é outro reparo justo.
Que possam ficar melindrados por achar estranheza ao rito......concedo, mas ficarem ofendidos porque se critica um hino pejado de asneira, que é ofensivo, que atenta à boa educação.......isso sim se estranha......e preocupa.
Há aqui uma inversão de valores onde alguns defendem que ser grosseiro tem justificação, que ser mal educado tem cabimento.
Quando nem respeito têm pelo acto público, pela cerimónia e pelas pessoas têm.......sabendo que tudo isto é filmado e é divulgado....... algo vai mal.

São todos malta porreira? Até serão, mas educados............
O espírito académico não justifica tudo; aliás nunca justificou tal.